Orengo: Tombo na avaliação do governo passa pela inflação de alimentos

Pesquisa Datafolha mostrou queda de 11 pontos na aprovação do presidente Lula

Orengo: Tombo na avaliação do governo passa pela inflação de alimentos
Presidente Lula
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, analisou a pesquisa Datafolha que identificou um tombo de 11 pontos na avaliação do presidente Lula. Na sondagem, o número de pessoas que avaliam o governo como ótimo e bom caiu de 35% para 24%, enquanto os que o enxergam como ruim e péssimo passou de 34% a 41%.

Orengo destacou que a principal explicação para este quadro está na inflação de alimentos

“A avalição é que passa pela economia, principalmente pelos problemas da vida real, do dia a dia das pessoas, que vão ao supermercado e veem produtos como café, laranja, óleo de soja, carne, que aumentaram muito de preço. Por diversas razões, fatores conjunturais, internacionais, mas também por um problema de equilíbrio fiscal do governo que impacta na inflação, na taxa de juros”, frisou ele durante participação no programa ”Entre Nós".

O analista também destacou que já ocorrem reações em Brasília, com a oposição explorando os dados apresentados.

“Oposicionistas aproveitam para explorar esses dados, até porque são dados que preocupam o governo, o presidente, em comparação inclusive com os mandatos de Lula 1 e 2 quando os níveis de aprovação foram muito maiores”, relatou.

“Governistas avaliam esses dados com cautela e esperam que eles melhorem nos próximos meses apostando que haverá uma mudança nesse cenário com queda do dólar, que vem caindo aos poucos, com safra recorde. Agora sempre é muito difícil apostar nisso porque a gente sabe que é um caminho a longo prazo”, complementou.

Orengo relatou ainda as mudanças recentes que o governo realizou em sua equipe com a ida do marqueteiro Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, no intuito de melhorar a comunicação do governo.

“Governo troca a comunicação e já estamos notando mudanças na rotina do presidente, que está agora mais tempo no debate público, dando entrevistas praticamente diárias, fazendo manifestações públicas, aparecendo mais nas redes sociais”, detalhou o jornalista.

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