Principais ingredientes usados pelas famílias brasileiras estão mais caros

Café, açúcar, pão e frango acumulam altas de até 72%

Rádio BandNews FM

Outros produtos que também aumentaram, nos últimos 12 meses, foram a manteiga e o leite. Foto: Agência Brasil
Outros produtos que também aumentaram, nos últimos 12 meses, foram a manteiga e o leite.
Foto: Agência Brasil

Café com leite e pão. O combo carro-chefe das padarias tem ficado salgado para os consumidores. No Brasil, o café, por exemplo, acumula alta de 72%, nos últimos 12 meses. Já o açúcar cristal teve reajuste de 46,82% e o pão francês aumentou 21,15%.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE.Para tentar economizar, a contadora Vânia Santos deixou de tomar café da manhã na padaria.

Mas consumir os produtos em casa também não tem sido barato, por isso, algumas medidas foram adotadas. Para tentar escapar das altas, o aposentado Jailson Cerqueira retirou itens da mesa na primeira refeição do dia.

Cleber Santos é gerente de uma padaria. Ele diz que não teve escolha e acabou repassando o aumento para os clientes.

Outros produtos que também aumentaram, nos últimos 12 meses, foram a manteiga, com alta de quase 20% (19,97%) e o leite integral com aumento de 13,21%.

No Rio de Janeiro, o Índice Frangão, uma ferramenta que utilizou dados de um aplicativo de entrega, mediu o valor de um prato que faz parte do cotidiano carioca, o frango assado. Ele pode ser encontrado por uma diferença de preço de até R$ 62,dependendo da região .

A pesquisa da Fundação João Goulart, instituto ligado a Secretaria Municipal de Fazenda, levou em consideração os valores de frangos assados acompanhados de batata e farofa, englobando 185 estabelecimentos de 160 bairros entre as zonas oeste, norte, sul e centro da capital fluminense.

Segundo o estudo, o preço médio da iguaria na capital fluminense é de R$ 37,18. O maior preço, de R$ 77, foi encontrado na Taquara, na Zona Oeste. Já o menor, de R$ 15, foi localizado em Brás de Pina, na Zona Norte.

De acordo com a fundação, a pesquisa foi utilizada para diferenciação das diversas camadas sociais do município. O levantamento apontou que o morador de Costa Barros, na Zona Norte, é o que mais se sacrifica para desfrutar o chamado frangão: 10,9% da renda. Já quem mora na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, compromete uma parcela considerada inexpressiva: 0,49%.