Otan investiga origem de míssil que atingiu Polônia; Biden acalma tensão

Mísseis que mataram duas pessoas em território polonês podem ter sido disparados pela Ucrânia em tentativa de defesa

BandNews FM

A Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar que reúne os Estados Unidos e países europeus, ainda investiga a origem de mísseis que caíram no território polonês, um dos 30 integrantes do grupo. Nesta quarta-feira (16), o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a explosão pode ter sido provocada por artilharia dispara pela Ucrânia para se defender de ataques da Rússia.

Na noite de terça-feira (15) na Europa, duas pessoas morreram em uma fazenda da cidade de Przewodow, no leste do país, após a área ser atingida por mísseis.

A Ucrânia acusa a Rússia, que nega a autoria. Os artefatos são de construção russa, mas poderiam ser usados no sistema de defesa antiaérea ucraniano. Na terça-feira, o território do país foi alvo de mais de 100 disparos de mísseis russos. O artefato pode ter sido usado em uma tentativa de defesa.

O presidente dos Estados Unidos disse esperar a investigação do caso e afirmou que a Ucrânia não pode ser culpada por tentar se defender. Joe Biden participa da reunião de cúpula do G20, na Indonésia, e reuniu líderes de potências mundiais para discutir a tensão.

Por ser membro da Otan, o ataque na Polônia colocou em alerta o mundo. Existe uma cláusula do acordo da organização que prevê defesa de todos os países membros em caso de risco a segurança de qualquer um dos integrantes.

Uma reunião de emergência da Otan foi convocada e os países membros fizeram discursos que acalmassem os ânimos para evitar uma evolução do conflito. 

A Rússia afirma que a Ucrânia incentiva um discurso “russofóbico” ao negar envolvimento na ação. Vladimir Putin não participou da reunião do G20 e vê aumentar o isolamento do país em relação ao mundo com o avanço da guerra.

A operação militar russa começou em fevereiro deste ano e é condenada pela comunidade internacional.