Milhares de cubanos saíram às ruas no último domingo (11) para o que já é considerado o maior protesto da história do país.
Os atos começaram na cidade de San Antonio de Los Baños e se espalharam por todo o país.
Com o aumento das manifestações, o presidente do país, Miguel Díaz-Canel, fez um pronunciamento na TV para convocar os seus apoiadores.
O professor de relações internacionais e coordenador da pós-graduação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Moisés Marques, aponta a pandemia de Covid-19 como um dos maiores fatores para as manifestações que tomaram as ruas de 20 vilarejos de Cuba no último domingo.
Em entrevista à BandNews FM, ele avaliou que a crise sanitária aumentou as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país.
A ilha caribenha tem uma economia sustentada pelo turismo - com a pandemia, a região ficou ainda mais isolada e sem alternativas.
Outro ponto levantado pelo especialista é a falta de acesso livre à informação por parte dos jovens que vivem em Cuba.
Após os protestos do domingo, o governo interrompeu o sinal de internet e telefonia para barrar a organização de novos atos.
Moisés Marques considera que o cenário caótico vivido no país é, ainda, um resultado da má relação com os Estados Unidos, mesmo após a eleição do presidente Joe Biden.
Confira na íntegra: