O presidente da Câmara dos Deputados marcou nova sessão para votar a Proposta de Emenda à Constituição que cria benefícios sociais às vésperas da eleição de outubro. Os deputados devem se reunir nesta quarta-feira (13) após o sistema de votação remoto do parlamento apresentar inconsistências na noite de terça-feira (12).
Os deputados já tinham votado o texto base da medida conhecida como PEC das Bondades. Mas encerrada a análise em primeiro turno, uma pane no sistema de informática levou ao encerramento da reunião dos parlamentares. Arthur Lira disse estranhar a situação e chamou a Polícia Federal pra investigar o “apagão” nos dados.
Em nota, a Câmara dos Deputados disse que uma instabilidade no sistema foi identificada por volta das 19h e se agravou rapidamente. O apagão, inclusive com a queda do wi-fi, impediu a votação à distância. Por conta dos casos de Covid-19, parte dos parlamentares participam das sessões em domicílio.
Segundo a área técnica, dois links de internet foram interrompidos simultaneamente. A situação foi considerada como “grave e sem precedentes”.
Policiais federais estiveram na Câmara, mas a corporação ainda não se pronunciou sobre o caso. Segundo apuração da TV Band, uma equipe do grupo cibernético da PF esteve no local e novidades do caso devem ser divulgadas nesta quarta-feira (13).
A PEC das Bondades, também conhecida como PEC Kamikaze, cria um estado de emergência no Brasil e libera o pagamento de benefícios sociais de até R$ 41 bilhões a serem pagos entre 1 de agosto e 31 de dezembro.
O governo aposta no aumento do pagamento mensal do Auxílio Brasil, de 400 reais para 600 reais, a ampliação do Vale Gás para 120 reais pagos a cada dois meses, além da criação de um benefício para caminhoneiros e taxistas para melhorar o saldo do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto. Ele é pré-candidato à reeleição pelo Partido Liberal e aprece na segunda colocação nos levantamentos que trazem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na dianteira.
