Paralimpíada: Renato Leite, do vôlei sentado, divide as atenções da vida de atleta com carreira no mercado financeiro

Tetracampeão parapanamericano e dez vezes campeão brasileiro, Renato Leite foi eleito o melhor líbero do mundo após a prata no Mundial de 2014.

Juliana Yamaoka

Renato Leite durante um período de preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio no CT do CPB, em São Paulo Crédito: Instagram pessoal
Renato Leite durante um período de preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio no CT do CPB, em São Paulo
Crédito: Instagram pessoal

Formado em Comércio Exterior e pós-graduado em atividade física adaptada, o atleta Renato Leite divide as atenções da carreira no mercado financeiro com o vôlei sentado. Em Tóquio, ele se adaptou muito bem com o forte calor do verão, o fuso horário e a comida local depois de um período de 10 dias de aclimatação em Hamamatsu.

A seleção brasileira de vôlei sentado já entrou em ação na Paralimpíada de Tóquio e venceu o primeiro jogo contra a China. Mas, na segunda rodada do Grupo B, acabou perdendo para o Irã no duelo de invictos por 3 sets a 0. A seleção joga nesta madrugada, às 2h, no horário de Brasília, contra a Alemanha.

“É muito gratificante poder trabalhar e ter uma profissão, além de servir de espelho para outros atletas. O Comitê Paralímpico usa a minha história como exemplo pois busquei uma carreira fora do esporte. Sou consultor financeiro e atendo os meus clientes melhorando a eficiência deles. Sou muito dinâmico e não consigo ficar parado. Trago eficiência na área profissional e dentro das quatro linhas”, explica.

Para o atleta do Sesi, a modalidade está muito competitiva e a seleção brasileira é muito visada por ser a vice-líder do ranking mundial desde 2016. Renato ressalta também que utiliza muito a disciplina como ponte de realizações, ou seja, insere os valores do esporte no papel de empreendedor na corretora de câmbio B&T, que também patrocina o atleta.

“Queremos disputar a final Paralímpica. Sabemos que o nível técnico é elevado e as equipes são difíceis. Mas, se a gente encaixar o nosso jogo e fazer tudo o que treinamos, com certeza vai dar certo para conseguir a tão sonhada medalha inédita”, afirma Renato.

Renato Leite, tetracampeão parapanamericano e dez vezes campeão brasileiro, foi eleito o melhor líbero do mundo após a prata no Mundial de 2014. Ele perdeu parte da perna direita em m acidente de motocicleta quando tinha 20 anos.

O Comitê Paralímpico Brasileiro quer manter o país no top 10 do quadro geral de medalhas, tradição desde Pequim 2008. No momento, o país está em 6º lugar, com 42 medalhas.

Confira a entrevista na íntegra: