Parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis desabou na tarde desta quarta-feira (5), no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador (Bahia). Uma mulher morreu e pelo menos outras 5 pessoas ficaram feridas.
A vítima fatal era Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, turista do estado de São Paulo. De acordo com as autoridades, todos os feridos atendidos sofreram apenas ferimentos leves e não correm risco de morte. Dois deles são turistas estrangeiros.
Pelas redes sociais, o presidente Lula lamentou a tragédia e colocou o governo federal à disposição para averiguar causas do acidente e na reconstrução do local.
O diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macedo, disse em entrevista à rádio que não havia nenhum indício de desabamento da igreja. A última fiscalização feita pela Defesa Civil de Salvador no local foi em 2023.
“Nenhuma vistoria anterior que fizemos demostrou qualquer apontamento de risco. Ainda estamos aguardando a retirada do corpo da vítima fatal. Todas as outras medidas administrativas e de segurança já estão sendo tomadas pela Defesa Civil”, disse Macedo.
Segundo a reportagem, não havia nenhuma cerimônia religiosa acontecendo no local. Contudo, a “igreja do ouro", como era conhecida devido à quantidade de material nobre que tinha em sua decoração, atraia centenas de turistas diariamente devido sua arquitetura barroca.
O santuário foi construído entre os séculos 17 e 18 e tanto a igreja quanto o convento de São Francisco são classificados como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. Ambos os locais foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1938.
Problemas estruturais
Embora a Defesa Civil não tenha registrado nenhum apontamento recente, a basílica enfrentou alguns problemas estruturais nos últimos anos. Em 2023, a Igreja de São Francisco de Assis passou por uma restauração, avaliada em R$ 4,1 milhões, provenientes do Fundo de Direitos Difusos do Governo Federal.