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Passagens aéreas sobem 45% em 2021; redução vem a partir de março

Alta é explicada pelo enfraquecimento do real frente ao dólar e dos preços elevados dos combustíveis

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Passagens aéreas sobem 45% em 2021; redução vem a partir de março
Passagens aéreas sobem 45% em 2021; redução vem a partir de março
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Impulsionado pelo enfraquecimento do real frente ao dólar e pela alta de 71% do preço do querosene da aviação, o valor das passagens aéreas disparou no Brasil. O apresentador do Partiu, BandNews, André Coutinho, conversou com companhias aéreas e com o sindicato do setor para entender quando os preços podem voltar a cair.

De acordo com a ANAC, o preço dos bilhetes no terceiro trimestre deste ano subiu 45% em comparação ao mesmo período de 2020. A tarifa aérea média dos voos domésticos entre julho e setembro ficou em R$ 529,93.

Quem tem procurado um bilhete de avião para as próximas semanas tem encontrado valores ainda mais altos.

O problema é que o custo das companhias aéreas foi bastante impactado pela desvalorização do real diante do dólar e, principalmente, pela alta de nos valores dos combustíveis nos dez primeiros meses de 2021.

Mas um outro fator tem deixado os valores dos bilhetes aéreos nas alturas. A famosa lei da oferta e da procura: número menor de assentos disponíveis e muita gente querendo viajar.

Tanto a GOL quanto a LATAM imaginam que a malha aérea doméstica deve ficar muito próxima às operações pré-pandemia até os meses de março ou abril de 2022.

Com maior oferta, a tendência é que os consumidores encontrem preços mais baixos no futuro. Marcelo Bento Ribeiro, diretor de relações institucionais da Azul, diz que a companhia deve chegar a 2022 com 40% mais assentos do que 2019.

Mesmo assim, a disparada do dólar e os aumentos galopantes do querosene da aviação são dois dos fatores que ainda preocupam.

Por isso, Adalberto Bogsan, diretor executivo da Itapemirim Transportes Aéreos, não está tão otimista.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas lembra de mais um fator importante. O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, afirma que o volume de voos remarcados tem diminuído ainda mais os espaços das aeronaves.

Se no mercado doméstico as companhias áreas já imaginam operar com frotas e frequências em níveis pré-pandemia até o quarto mês de 2022, o cenário internacional ainda é complicado.

As empresas falam em recuperação total apenas para 2024.

Confira a reportagem de André Coutinho:

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