Em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (29), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que foi avisado verbalmente pelo presidente Bolsonaro sobre as suspeitas de irregularidade no contrato da vacina indiana Covaxin.
Pazuello, em um discurso alinhado com o do presidente, ainda confirmou que repassou as informações ao secretário-executivo Élcio Franco, que garantiu que não existiam problemas com o contrato.
O depoimento faz parte das investigações que apuram se o presidente da República cometeu o crime de prevaricação, quando um agente público deixa de cumprir as funções de forma consciente.
O inquérito foi aberto a partir do depoimento na CPI da Pandemia do deputado federal Luis Miranda e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor público do Ministério da Saúde.
Na ocasião, eles disseram que informaram ao presidente Jair Bolsonaro as suspeitas de irregularidades envolvendo as negociações para aquisição da Covaxin.