Pedido de vista adia em 20 dias decisão do TCU sobre privatização da Eletrobrás

Julgamento de venda da estatal está na segunda etapa

Rádio BandNews FM

A intenção do Palácio do Planalto é concluir a desestatização até o dia 13 de maio. Foto: Reuters
A intenção do Palácio do Planalto é concluir a desestatização até o dia 13 de maio.
Foto: Reuters

O ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, tem 20 dias para devolver o processo de privatização da Eletrobrás para o plenário da Corte, depois que ele apresentou um pedido de vista, ou seja, mais tempo para analisar o processo.

O pedido confirmou o que já tinha sido divulgado pelo gabinete do próprio ministro mas o plenário do TCU concedeu um prazo menor do que ele tinha solicitado inicialmente.

Ele pediu, inicialmente, 60 dias para analisar a ação alegando que o voto do relator não tinha sido disponibilizado para os demais ministros em tempo hábil para se ter uma compreensão técnica de uma matéria de tamanha complexidade.

Essa é a segunda etapa do julgamento que analisa a venda da estatal, e era visto com preocupação pelo governo, que temia que a conclusão desse processo ficasse inviabilizado para este ano, já que eleições serão realizadas em outubro.

A primeira etapa de análise sobre a venda da Eletrobrás já tinha sido aprovada pelo TCU em fevereiro e, agora, os ministros ainda precisam avaliar o modelo de privatização, como foi apresentado pelo Ministério da Economia.

A intenção do Palácio do Planalto é concluir a desestatização até o dia 13 de maio, considerado pelo mercado financeiro como um prazo limite para que investidores possam entrar no negócio.

Na sessão, o ministro afirmou que a privatização tem algumas fragilidades, criticou a proposta apresentada pelo governo, que não trouxe todas as informações, e negou que a posição dele seja apenas política.

No voto que apresentou na sessão, o ministro Aroldo Cedraz afirmou ser favorável a privatização, mas pediu que o preço mínimo de venda fosse revisto.

Relator do caso, Cedraz também defendeu que o caminho para a uma possível reestatização da Eletrobrás no futuro fosse facilitado, ao contrário do que está previsto no texto original.