Pedro Castillo lidera apuração da eleição presidencial no Peru

A eleição segue indefinida, cerca de 92,620% das atas foram contabilizadas

Pedro Castillo e Keiko Fujimori, candidatos a presidência do Peru Foto: Sebastian Castaneda/Reuters
Pedro Castillo e Keiko Fujimori, candidatos a presidência do Peru
Foto: Sebastian Castaneda/Reuters

No segundo turno da eleição presidencial do Peru, Pedro Castillo, da esquerda conservadora, vira e está na frente por uma diferença mínima, segundo apuração de boca de urna.

A votação do segundo turno ocorreu neste domingo, 07 de junho, entre Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori e Pedro Castillo, professor e líder sindical.

Um dia depois da eleição, cerca de 92,620% das urnas foram apuradas com diferença mínima entre Keiko, com 49,924%, e Pedro, que aparece com 50,076% da preferência, segundo o Twitter Eixo Político, que acompanha a política internacional.

Keiko Fujimori

Keiko Fujimori, 46, tem como proposta geral elevar a economia do país através do mercado, turismo e formalização de pequenos empresários, além de reaver a constituição de 1993, promulgada pelo governo do pai, Alberto Fujimori.

A constituição defendida foi seguida do golpe de estado militar onde foi fechado o Congresso e o Judiciário na época com o argumento de que tais poderes bloqueavam as reformas econômicas e prejudicavam o combate ao terrorismo.

A candidata do partido Força Popular, já foi presa por envolvimento monetário com a empresa brasileira Odebrecht.

Keiko pretende ser a primeira mulher presidente no Peru e disputa a presidência pela terceira vez. Neste ano ela quase não passa para o segundo turno pela disputa fragmentada com outros candidatos.

Pedro Castillo

O candidato Pedro Castillo, 51, da esquerda conservadora peruana liderou as pesquisas do primeiro turno das eleições de 2021 e seu apoio concentra-se no interior do país, em províncias pobres e majoritariamente agrárias.

Castillo do partido Perú Libre, tem como principal objetivo acabar com a pobreza que assola o país "Chega de pobres em um país rico", além de apoiar iniciativas de ensino como refeições nas escolas e acesso livre ás universidades.

O candidato teve notoriedade após liderar uma greve de três meses com o objetivo de exigir aumento nos salários de professores.

Ambos os candidatos prometeram respeitar a decisão final do povo.

O novo líder vai enfrentar uma grande crise deixada pela pandemia e pela crise política no país.

Em novembro de 2020, o país trocou de liderança três vezes em menos de uma semana.

Francisco Rafael Sagasti, o presidente atual, entrou em posse do governo após Martín Vizcarra sofrer impeachment. O vice de Martin, Manuel Merino renunciou ao cargo cinco dias após a posse.

O presidente escolhido pela eleição atual entrará em posse no dia 28 de julho, mesmo dia em que se comemora a independência do Peru.