Periferia lidera número de casos de gravidez precoce em SP

Falta de informação é obstáculo para diminuição dos índices na capital paulista

Periferia lidera número de casos de gravidez precoce em SP Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
Periferia lidera número de casos de gravidez precoce em SP
Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O número de adolescentes entre 10 e 14 anos que engravidam caiu 52% em São Paulo, segundo um levantamento da Secretaria Municipal divulgado em junho deste ano. De 2016 para 2021, o índice de meninas grávidas entre 15 e 19 também apresentou diminuição de 42%. No entanto, a gravidez precoce ainda é preocupação para as autoridades, sobretudo nos bairros periféricos.

A Brasilândia, na zona norte de São Paulo, carrega a maior taxa de fecundidade da cidade entre meninas de 10 a 14 anos, com 4 grávidas a cada grupo de 1.000. Já na Vila Mariana, região nobre mais ao sul da cidade, o número cai para 6 a cada 10.000.

Quando se trata de jovens de 15 a 19 anos, a Cidade Tiradentes, no extremo leste, se destaca com 67 meninas grávidas a cada 1.000 mulheres, enquanto em Pinheiros, na zona oeste, são apena 8.

A gravidez precoce traz riscos à vida da mãe e do bebê desde o início da gestação. Há a possibilidade de complicações durante o parto, infecções durante e depois do parto, depressão, abandono escolar além de ter impacto social, como a perpetuação do ciclo de pobreza.

O motivo da diminuição dos índices de gravidez precoce apresentado pela prefeitura foi a distribuição de métodos contraceptivos, mas mesmo assim, os números ainda são altos e preocupantes.

A falta de informação é o principal obstáculo para democratizar o acesso à contracepção: