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Pesquisa aponta importância do empreendedorismo para diminuição de violência doméstica

Instituto Rede Mulher Empreendedora entrevistou 2.400 mulheres

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A pesquisa ainda revela que 72% das mulheres empreendedoras avaliam que são totalmente ou parcialmente independentes financeiramente
A pesquisa ainda revela que 72% das mulheres empreendedoras avaliam que são totalmente ou parcialmente independentes financeiramente
Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasil

O empreendedorismo ajudou 48% das donas dos próprios negócios a saírem de relações abusivas. É o que aponta uma pesquisa anual do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) em parceria com o Instituto Locomotiva, que aborda temas do universo empreendedor feminino. 2.400 mulheres participaram do levantamento on-line, entre maio e junho de 2021.

O Instituto entrevistou 2.400 entre maio e junho de 2021. 81% das consultadas concordam que empreendedoras têm mais autonomia na vida, e por isso são mais independentes em relações conjugais. Ana Claudia Soares da Silva, de 41 anos, tem uma empresa que presta serviços automotivos desde 2006. Ela se separou do ex-marido em 2019, depois de um relacionamento de mais de 15 anos em que sofria violência psicológica. Ela e o filho do casal saíram da casa onde moravam.

Helena Maria abriu uma empresa de marketing há dois anos e também vende produtos naturais. Neste ano, a mulher, de 48 anos, conseguiu se livrar de um casamento abusivo bem no início, depois de três meses da cerimônia.

Segundo Ana Fontes, fundadora e presidente da Rede Mulher Empreendedora, a pesquisa confirma como a independência da mulher que empreende permite que ela mude a condição dentro de relacionamentos abusivos.

A pesquisa ainda revela que 72% das mulheres empreendedoras avaliam que são totalmente ou parcialmente independentes financeiramente.

Mesmo assim, as mulheres ainda têm dificuldade em conseguir acesso a crédito: 47% das empreendedoras que participaram da pesquisa e que solicitaram empréstimo, tiveram pedidos negados.

Outro dado relevante é que 26% das consultadas iniciaram o negócio atual durante a pandemia. 54% das empreendedoras que empreendiam antes apontaram que a pandemia trouxe menos oportunidades de crescimento.