O Conselho de Administração da Petrobras nomeou a diretora-executiva de Assuntos Corporativos da empresa, Clarice Coppetti, como presidente interina da estatal. O conselho também confirmou o encerramento antecipado do mandato de Jean Paul Prates, "de forma negociada", a partir desta quarta-feira (15).
Com a saída de Prates do comando da empresa, ele também apresentou renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração. O grupo destituiu, ainda, o diretor financeiro Sergio Caetano Leite e nomeou o atual gerente-executivo de Finanças, Carlos Alberto Rechelo Neto, como interino.
A demissão do ex-senador foi determinada pelo presidente Lula, que indicou Prates à presidência da companhia no fim de 2022.
O Ministério de Minas e Energia indicou a ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo Magda Chambriard para a presidência da empresa. A indicação ainda vai ter que passar pelas análises do Comitê de Pessoas e do Conselho de Administração.
A saída de Jean Paul Prates ocorre depois da polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários referentes a 2023. Prates chegou a se abster em uma votação no Conselho de Administração sobre o tema, contrariando a orientação do governo e desgastando ainda mais a relação com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Após o impasse, a companhia aprovou o pagamento de apenas metade do valor extra aos acionistas, o equivalente a quase R$ 22 bilhões.
A demissão de Prates chegou a ser especulada em abril, quando o ex-senador ainda ironizou a situação. Ele chegou a pedir uma reunião "definitiva" com o presidente Lula para tratar da permanência na empresa, mas o encontro não ocorreu.