A Petrobras afirmou, nesta quarta-feira (27), que vai incorporar uma supervisão adicional na execução das políticas de preço dos combustíveis. Segundo nota divulgada pela empresa, agora o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal passam a representar uma camada extra de vigilância sobre a questão.
A decisão sobre os reajustes era do presidente da estatal, do diretor financeiro e do diretor de logística, que formam a Diretoria Executiva. Com a alteração, segundo a empresa, continua sendo assim, mas a cada três meses, um relatório sobre os aumentos vai ser apresentado aos conselhos.
A incorporação de mais esta etapa no processo foi chamada pela Petrobras, em nota oficial, de Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno.
Após sucessivas altas no preço dos produtos, o presidente Jair Bolsonaro passou a pressionar a Petrobras pela redução de preços, trocando, inclusive, o comando da companhia. O movimento pela redução de preços culminou na redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias - o ICMS - nos estados.
Apesar da grande repercussão do anúncio, a empresa afirmou, em comunicado aos investidores, que a nova diretriz não representa uma mudança na política de preços da Petrobras, mas formaliza procedimentos que já estavam sendo adotados informalmente.
O comunicado da Petrobras também informa que os procedimentos relacionados à execução da política de preço, como, a periodicidade dos reajustes, os porcentuais e valores, assim como a conveniência e oportunidade em relação aos preços, permanecem sob a competência da diretoria executiva.
Nesta quinta-feira (28), o Conselho de Administração da Companhia volta a se reunir para tratar dos resultados da companhia no segundo trimestre. Em seguida, será divulgado o balanço da empresa, com a perspectiva de novo lucro bilionário.