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Petrobras aprova distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da companhia

Os repasses aos acionistas serão realizados em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho; serão liberados R$ 21,95 bilhões

Por Pedro Dobal

Petrobras aprova distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da companhia
Petrobras aprova distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da companhia
Agência Brasil

A Petrobras aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários da companhia para os acionistas. 

A decisão foi tomada durante uma Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho de Administração da estatal, nesta quinta-feira (25).

Segundo a Petrobras, serão liberados R$ 21,95 bilhões, de um total de R$ 43,5 bilhões. Os repasses serão realizados em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho.

Ao todo, a remuneração dos acionistas referente a 2023 é de 94,3 bilhões. O montante inclui as antecipações aprovadas ao longo de 2023 e pagas até março deste ano.

A medida foi contestada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Em nota, a instituição lamentou a continuação de uma política de distribuição dos dividendos implementada pelo governo passado. 

Ainda segundo a nota, a Petrobras estaria adotando regras que o mercado financeiro impôs à empresa. Para a FUP, o pagamento de parte dos R$ 43,5 bilhões, que seria usada como uma reserva de remuneração de capital, gera um desequilíbrio de poder na condução da companhia e na necessidades de investimentos.

Em março, o Conselho de Administração da Petrobras propôs que a quantia de quase R$ 44 bilhões tivesse como destino a reserva de remuneração do capital, uma espécie de colchão de segurança que garante o pagamento de dividendos futuros.

Na semana passada, porém, o Conselho destacou que a eventual distribuição de metade desse valor aos acionistas não comprometeria a sustentabilidade financeira da companhia e que o pagamento dos 50% restantes como dividendos pode ser avaliado ao longo do ano pelos conselheiros.

Em 2023, a Petrobras teve lucro líquido de R$ 124,6 bilhões. O montante foi o segundo mais alto na história da companhia.