Um grupo suspeito de transmitir ordens de presos da Penitenciária Federal de Catanduvas , no interior de São Paulo, para criminosos faccionados em liberdade é alvo de uma operação da Polícia Federal no Paraná nesta terça-feira (15). Cerca de 90 agentes cumprem 36 ordens judiciais, sendo 26 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão.
Segundo a Polícia Federal, as ações se concentram nos municípios de Catanduvas e Cascavel, no Paraná; Chapecó, em Santa Catarina, e São Bernardo do Campo, em São Paulo. Até agora, imóveis e carros de luxo foram apreendidos e que estavam em posse da organização criminosa. As investigações indicam que a quadrilha continuava atuando no crime organizado mesmo com alguns líderes detidos em um presídio de segurança máxima.
Um agente federal de execução penal é um dos alvos dos mandados de prisão preventiva. De acordo com a Polícia Federal, ele deve responder por associação ao tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. Somadas, as penas ultrapassam os 30 anos de prisão.
Além do agente público, uma advogada também é suspeita de participar desta rede de comunicação. De acordo com a investigação, ela transmitia mensagens dos líderes presos para outros criminosos integrantes.
A operação foi batizada de Efialtes que, na história antiga da Grécia, traiu o rei de Esparta para ajudar o exército da Pérsia. Essa é uma referência ao agente penitenciário federal, que facilitava a comunicação de criminosos detidos no presídio de segurança máxima.