A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira (24) o ex-deputado federal Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio contra agentes da corporação. Um delegado e uma policial foram atingidos de raspão por estilhaços após o político atirar e resistir à prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Dois policiais estavam na ação, mas não ficaram feridos.
O petebista também foi autuado por resistir à prisão. Quando os agentes chegaram na residência de Jefferson, em Comendador Levy Gasparian, tiros foram disparados e granadas arremessadas em direção aos policiais federais.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a retomada da prisão do ex-deputado após o descumprimento de termos da prisão domiciliar, como a proibição de conceder entrevistas e postar em redes sociais. Na sexta-feira (21), ele publicou vídeos contra a ministra Cármen Lúcia.
A Polícia Federal também disse ter encontrado um arsenal na residência do ex-deputado. Informações da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo indicam que o STF determinou a retomada da prisão por conta da notícia de que o político tinha armas de guerra em casa.
Relatório da PF aponta que mais de vinte tiros de fuzil foram disparados em direção aos policiais, embora o político afirme não ter tido a intenção de matar ou ferir os agentes.
Roberto Jefferson é réu no processo dos atos antidemocráticos e responde também pelo crime de homofobia em outra ação. Por ter atirado nos policiais, Moraes determinou nova ordem de prisão por crime em flagrante por tentativa de homicídio.
Na tarde desta segunda (24), às 16h, o ex-deputado passa por audiência de custódia na Justiça Federal do Rio de Janeiro.