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PGR quer ouvir Castello Branco sobre mensagens que incriminariam Bolsonaro

Ex-presidente da Petrobras revelou em um grupo com outros economistas que o atual ocupante do Planalto tentou interferir na companhia

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Castello Branco fez a revelação em um grupo de WhatsApp
Castello Branco fez a revelação em um grupo de WhatsApp
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República solicitou ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (04) autorização para ouvir o economista Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobrás, sobre uma possível interferência de Jair Bolsonaro na companhia. Na semana passada, mensagens trocadas entre o executivo e o ex-presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes foram divulgadas pelo portal Metrópoles e indicavam o cometimento de crimes pelo atual ocupante do Palácio do Planalto.

Nas mensagens reveladas, Castello Branco afirmava: “No meu celular corporativo tinham mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo [Bolsonaro]. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”. Não há detalhes na conversa sobre os supostos crimes.

Castello Branco fez a revelação em um grupo de WhatsApp enquanto debatia o aumento no preço dos combustíveis com outros economistas.

O pedido de investigação é assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, e atende a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No documento enviado ao STF, Lindôra afirma: "Os elementos apresentados até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente para a instauração da investigação pleiteada. Todavia, o diálogo mantido e de teor não negado pelos interlocutores suscita maiores esclarecimentos que podem nortear providências investigativas não açodadas ou temerárias”.

O senador pediu que o celular corporativo de Castello Branco fosse apreendido, mas ainda não há uma decisão neste sentido.

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