O Produto Interno Bruto da China registra crescimento de 0,4% no segundo trimestre (entre abril e junho) na comparação com o mesmo período do ano passado. O número divulgado na manhã desta sexta-feira (15) na Ásia veio abaixo das expectativas dos economistas e foi impactado pela redução da produção industrial após a realização de diferentes períodos de lockdown.
Na comparação entre o primeiro e segundo trimestre, houve queda de 2,6%. Nos três primeiros meses do ano, a economia chinesa teve crescimento de 4,8%.
A desaceleração da economia do gigante asiático afeta o mundo como um todo. O preço de commodities, matérias-primas negociadas em dólar, tem registrado queda. O barril do petróleo voltou a operar abaixo dos US$ 100 com a expectativa menor de crescimento por lá.
Com a queda na economia, a previsão é de menor consumo de minério, produtos exportados pelo Brasil.
Com os números divulgados até junho, o primeiro semestre termina com alta de 2,5% na economia chinesa, abaixo da meta de crescimento de 5,5% estipulada pelo governo.
Após os resultados desanimadores, é esperado que o Banco Central Chinês corte os juros e lance um pacote de estímulo econômico para incentivar a construção civil e de infraestrutura no pais.
Com a retomada das atividades industriais após períodos de isolamento por conta de casos de Covid-19, já há tímidos sinais de melhora na produção industrial, mas a previsão é que o crescimento chinês não passe dos 4% neste ano, muito abaixo dos anos anteriores e afetando a economia global.
Os dados chineses reforçam as previsões do Fundo Monetário Internacional, que alertou nesta quinta-feira (14) para a possibilidade de uma recessão mundial com a inflação em alta e a política de aumento dos juros na economia americana para conter a disparada dos preços e encarecendo o crédito.