Pilotos e comissários rejeitam acordo e greve entra no 5° dia

Categoria paralisa decolagens entre 6h e 8h em nove aeroportos e atrasa voos

Rádio BandNews FM

Pilotos e comissários rejeitam acordo e greve entra no 5° dia Foto: Lucas Jozino
Pilotos e comissários rejeitam acordo e greve entra no 5° dia
Foto: Lucas Jozino

Os pilotos e comissários de voo rejeitaram a proposta de acordo das empresas aéreas e decidiram manter a greve da categoria nesta sexta-feira (23). Em busca de melhores salários e condições de trabalho, os aeronautas seguem paralisando decolagens entre 6h e 8h, em nove aeroportos, e os atrasos de voos prejudicam o viajante.

No início da madrugada desta sexta, terminou o prazo de votação da proposta feita pelas empresas durante audiência mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho. As companhias ofereceram recomposição inflacionária e aumento real de 1% nos salários e diárias.

O acordo foi colocado em votação online e 5884 pessoas opinaram. 59% dos profissionais recusaram a proposta e decidiram pela manutenção da greve.

Os aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Viracopos (São Paulo), Galeão, Santos Dumont (Rio de Janeiro), Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre são afetados.

Como a malha aérea é integrada, existe um efeito cascata que afeta voos em outros destinos e os atrasos e cancelamos de voos persistem ao longo do dia e provoca fila nos aeroportos.

A paralisação começou na última segunda-feira (19) e chega na véspera do Natal sem uma previsão de acordo ou de encerramento.

O Tribunal Superior do Trabalho determinou que 90% dos profissionais sigam trabalhando no período da greve. O Sindicato Nacional dos Aeronautas entende que por ser um movimento de apenas duas horas e restrito em determinados terminais, cumpre a medida judicial.

As companhias aéreas Latam, Gol e Azul não têm comentado a situação. Procuradas, as empresas afirmam que seguem em negociação ou afirmam que um posicionamento deve ser dado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.

A categoria pede aumento salarial de 11% e afirma não ter visto os benefícios dos preços altos das passagens aéreas.