Técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil, do Ministério de Portos e Aeroportos e da Fraport, administradora do aeroporto Salgado Filho, vão iniciar uma série de vistorias no terminal de Porto Alegre na próxima semana. O trabalho vai determinar as obras necessárias para o reestabelecimento das operações aéreas na capital gaúcha. Até lá, a expectativa é drenar a água que ainda ocupa parte do terreno aeroportuário.
Sem funcionar desde o dia 3 de maio, ainda é difícil estipular uma data para a volta dos aviões ao local. A pista de pousos e decolagens pode ter sofrido danos no asfalto após um longo período debaixo d’água. Também há preocupações com equipamentos danificados e que precisam ser consertados ou substituídos.
Quase um mês desde o fechamento do espaço, bombas cedidas por arrozeiros ainda drenas água do pátio de aeronaves e dos edifícios do terminal. Toda a área de check-in e recepção dos passageiros foi invadida pelas água.
O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho vistoriou o Salgado Filho nesta quarta-feira (29). Ele estava acompanhado de agentes da Anac e da concessionária que administra o terminal.
O aeroporto da capital gaúcha deve ficar fechado pelo menos até 10 de agosto. Mas ainda faltam informações para garantir o reestabelecimento das operações.
Enquanto isso, a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana, serve como alternativa para o transporte aéreo. O espaço é utilizado desde o início da semana como terminal aeroportuário e recebe cinco voos diários. A partir do dia 10 de junho, no entanto, as rotas serão ampliadas. A expectativa é operar 10 voos por dia, totalizando 70 por semana.
O aumento nas frequências foi anunciado por Costa Filho durante visita ao estado gaúcho. As companhias aéreas ainda vão definir as rotas que serão operadas. Atualmente, os voos ligam Canoas aos terminais de Congonhas, Guarulhos e Viracopos, todos no estado de São Paulo. Existe a expectativa para que voos para Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte sejam anunciados.