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Policia Civil investiga morte de suspeitos de envolvimento no assassinato de três crianças em Belford Roxo

Cinco traficantes foram executados por criminosos e investigação avalia possível queima de arquivo

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Meninos foram mortos a mando do tráfico, após o roubo de um passarinho que pertencia ao parente de um bandido
Meninos foram mortos a mando do tráfico, após o roubo de um passarinho que pertencia ao parente de um bandido
Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que traficantes do Morro do Castelar, em Belford Roxo, estão sendo mortos como queima de arquivo no caso dos três meninos desaparecidos. Fernando Henrique, de 12 anos; Alexandre Silva, de 11; e Lucas Matheus, de 9, foram mortos a mando do tráfico, após o roubo de um passarinho que pertencia ao parente de um bandido.

A corporação apura as circunstâncias de uma série de mortes de traficantes da favela nos últimos meses.

A informação obtida em primeira mão pela BandNews FM aponta que o chefe do tráfico da comunidade, José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha, foi morto pelo tribunal do crime neste sábado (9).

Essa é a quinta morte de integrantes do grupo, possivelmente para despistar as investigações sobre o sumiço das crianças.

O objetivo das execuções seria evitar a confirmação de que a ordem para matar os três meninos teria vindo de chefes da facção do Comando Vermelho de dentro dos presídios.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a ordem para matar Piranha veio de um integrante da alta cúpula do Comando Vermelho preso em Catanduvas, no Paraná.

O planejamento das mortes estaria a cargo de Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, conhecido como Abelha, que saiu do Complexo de Gericinó beneficiado por um esquema de corrupção na Secretaria de Administração Penitenciária, em julho.

A primeira morte aconteceu em setembro.

Willer da Silva, o Stala, foi executado com Complexo da Penha, na Zona Norte. Ele era o braço direito de Piranha.