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Polícia descarta crime político em Foz e indicia policial bolsonarista

Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por perigo comum ao atirar em um ambiente com outras pessoas

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Jorge Guaranho ficou sabendo da festa com a temática do Partido dos Trabalhadores. Foto: Reprodução
Jorge Guaranho ficou sabendo da festa com a temática do Partido dos Trabalhadores.
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O policial penal Jorge Guaranho foi indiciado nesta sexta-feira (15) pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e por perigo comum por causar a morte do guarda municipal e líder sindical Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e colocar a vida de outras pessoas em risco. O inquérito policial que investiga o ato foi concluído nesta quinta-feira (14) e segundo a Polícia Civil não há provas para o indiciamento por crime político contra o petista.

No decorrer da semana, foram ouvidas 18 pessoas, entre testemunhas e familiares das partes. Sem dúvidas em relação a autoria do crime, confirmada por imagens de câmeras de monitoramento, as investigações caminharam no sentido de esclarecer a motivação e as circunstâncias do fato.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello, Jorge Guaranho ficou sabendo da festa com a temática do Partido dos Trabalhadores quando estava em um churrasco com amigos e viu imagens do interior do salão em que acontecia o aniversário.

Um amigo de Guaranho é diretor da associação onde ocorria o aniversário de 50 anos Marcelo Arruda e tem acesso as câmeras de segurança do local. Guaranho então decidiu ir ao local para provocar o aniversariante.

Quando chegou ao local, houve uma discussão e Guaranho teria se sentido ofendido pelo aniversariante, então decidiu voltar, com a arma em punho, para tirar satisfações com o aniversariante.

A Polícia Civil anunciou que enviou o celular do policial penal para perícia em Curitiba, mas a extração do conteúdo do aparelho deve demorar, ao menos, 20 dias. Caso novas provas apareçam, é possível pedir o indiciamento por outros crimes.

Guaranho segue internado em uma Unidade de Terapia Intensiva e respira com a ajuda de aparelhos.

A delegada Iane Cardoso, que também participou da investigação, anunciou ainda que foi aberto um novo inquérito para apurar as agressões sofridas pelo policial penal. Após ele ser baleado por Marcelo Arruda, na noite de sábado (09), Jorge Guaranho foi chutado por homens que estavam na festa. A polícia apura se as agressões pioraram o atual quadro de saúde dele.