O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, vai enviar para a Polícia Federal (PF) um relatório encaminhado pelo Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, sobre movimentações financeiras de integrantes da Operação Lava Jato. A intenção é identificar se foram cometidos crimes por integrantes da força-tarefa.
A investigação trata dos recursos que foram movimentados durante os acordos envolvendo a Petrobras e outras empresas com a força-tarefa. De acordo com o ministro, o documento trata da investigação administrativa realizada sobre como a 13ª Vara Federal do Paraná, então chefiada pelo ex-juiz Sérgio Moro, tratou do tema. O assunto foi alvo, nos últimos dias, de uma representação do próprio CNJ.
De acordo com Flávio Dino, o ofício encaminhado pelo ministro Luiz Felipe Salomão sugere a criação de um grupo de trabalho para aprofundar análises e adotar medidas preventivas, inclusive sobre cooperação jurídica internacional.
Na internet, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) escreveu que repudia o emprego da expressão "gestão caótica" apontada pelo relatório. Segundo o parlamentar, o documento não faz justiça à operação. De acordo com Moro, 60 dias depois do processo de investigação ter sido iniciado, "nada concreto, salvo divergências de opinião e especulações sem base" foram produzidas.