
Uma turista de 26 anos morreu após o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, em Salvador, nesta quarta-feira (05). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou que havia uma visita técnica programada para esta quinta-feira (06), mas que não recebeu nenhum alerta de risco iminente antes da tragédia.
A vítima, Giulia Panchoni Righetto, era natural de Ribeirão Preto (SP). Outras cinco pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade. O Corpo de Bombeiros realizou uma varredura no local e identificou risco de novos desabamentos.
O Iphan afirmou que não recebeu nenhum alerta de risco iminente sobre a situação do teto da igreja. No entanto, a Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil enviou uma nota na última segunda-feira (3) informando sobre uma dilatação no forro do teto e solicitando uma visita técnica para avaliação.
No comunicado, a Província destacou a importância histórica e artística do patrimônio e pediu orientações sobre as possíveis soluções, garantindo que qualquer intervenção seguisse os critérios técnicos exigidos para bens tombados. Além disso, se colocou à disposição para fornecer mais detalhes e agendar a melhor data para a inspeção.
"À Superintendência do IPHAN na Bahia,
Prezados,
Gostaríamos de informar que foi identificada uma dilatação no forro do teto da Igreja de São Francisco, no Pelourinho. Considerando a importância histórica e artística desse patrimônio, solicitamos a realização de uma visita técnica para avaliação da situação e encaminhamentos necessários à sua preservação.
Pedimos, ainda, orientações sobre as possíveis soluções para o problema, garantindo que qualquer intervenção siga os critérios técnicos e de conservação exigidos para bens tombados.
Ficamos à disposição para fornecer mais detalhes e agendar a melhor data para a visita."
Segundo o Iphan, a igreja é de propriedade privada, e a responsabilidade por sua manutenção cabe à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Em 2022, o instituto emitiu um auto de infração devido à falta de conservação do imóvel.
A Polícia Civil investiga o caso. O Ministério da Cultura e o Iphan garantiram que adotarão as medidas necessárias para restaurar o patrimônio. Autoridades municipais, estaduais e federais lamentaram o ocorrido e prometeram apoio às vítimas e à recuperação do templo, um dos mais importantes do Brasil.