Os policiais militares envolvidos na morte do catador de recicláveis em uma operação na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, foram afastados das funções que exerciam nesta sexta-feira (6). Ainda segundo a PM, as armas dos agentes foram apreendidas e vão passar por perícia.
Dierson Gomes da Silva, de 50 anos, estava com um pedaço de madeira na mão e foi alvejado na quinta-feira (5). Os agentes afirmam terem confundido o material com um fuzil.
O homem foi atingido no quintal de casa. Segundo a família, o catador tinha problemas mentais.
A irmã da vítima, Denise da Silva Ribeiro, acusa os policiais de não ter preparo para atuar na comunidade.
Não é o primeiro episódio em que policiais confundem objetos com armas e efetuam disparos contra moradores de favelas.
Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que uma equipe se deslocava pela localidade conhecida como "Pantanal", quando se deparou com um homem conduzindo um objeto, que, segundo agentes, aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira. Os agentes então efetuaram disparos.
A Delegacia de Homicídios investiga o caso e aguarda o laudo da necropsia para esclarecer onde o catador foi atingido e por quantos tiros. O corpo de Dierson foi levado ao IML na quinta-feira (05).
Até o momento, ainda não há informações sobre o enterro.