A Justiça do Rio determina que o policial militar acusado de ter disparado o tiro de fuzil que matou a menina Ágatha Félix, vá a júri popular. A data ainda não foi definida.
A criança de 8 anos foi baleada no Complexo do Alemão em 2019, dentro de uma kombi. O inquérito da Polícia Civil concluiu que o tiro partiu da arma do policial militar Rodrigo José de Matos Soares, réu por homicídio qualificado.
O procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB no Rio, Rodrigo Mondego, comemorou e definiu como "histórica" a sentença contra a violência policial em comunidades.
Em decorrência do crime, a Assembleia Legislativa do Rio criou a lei Ágatha, que determina prioridade nas investigações de crimes que resultam na morte de crianças e adolescentes no estado.
As audiências do processo foram iniciadas dois anos depois da morte da criança, e foi remarcada por pelo menos duas vezes.
O acusado responde ao processo em liberdade. Procurada, a defesa do policial militar ainda não retornou.