O Censo Demográfico de 2022, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que, pela primeira vez em cinco décadas, há mais mulheres do que homens no Brasil. A tendência é notada em todas as regiões, sendo maior no Sudeste, onde a proporção feminina é de 51,8%.
Em relação à população total, as mulheres somam 51,5% dos habitantes, 6 milhões a mais do que o contingente masculino, de 48,5%. Na divisão por estados, apenas quatro têm um número maior de homens, fugindo à regra nacional: Mato Grosso, Roraima, Tocantins e Acre. Já o Rio de Janeiro é o estado que apresenta a proporção feminina mais considerável, com 52,8%.
O Censo 2022 também descobriu que o número de homens é maior nas pequenas localidades, mas reduz à medida em que aumenta o contingente populacional dos municípios. Naqueles com até 5 mil habitantes, há, em média, 102,3 homens para cada 100 mulheres. Por outro lado, as mulheres são maioria nos municípios com mais de 20 mil moradores.
Segundo o IBGE, esses dados podem ser explicados pelas maiores taxas de mortalidade entre os homens, sobretudo na juventude. É só a partir dos 24 anos que a presença feminina ultrapassa a masculina.
Para efetuar os cálculos, o instituto emprega o índice da “razão de sexo”, obtido pela divisão de homens por mulheres, multiplicada por 100. Além disso, é considerado o sexo biológico do morador atribuído no nascimento.