Dinho Ouro Preto deu uma entrevista ao podcast Podpah, onde conversou sobre os anos de sexo, drogas e rock ‘n’ roll do início do Capital Inicial.
Segundo ele, a principal causa dos excessos foi um problema em aceitar o que ele descreve como “imaturidade musical”.
“No primeiro álbum, o Capital Inicial já bombou. E eu acho que não estava preparado. E aí foram muitos excessos, muita droga, muita acabação. […] Não sei se todos faziam, mas eu fazia isso mais para afogar essa noção que eu tinha de não estar à altura do desafio, sendo imaturo musicalmente, mas em todos os sentidos também.”
Dinho explicou que nos primeiros anos do Capital, ele se sentia sem “manha musical, não sabia compor, não sabia cantar, precisava de muito mais tempo de garagem até aprender.” Nesse contexto, as drogas serviam para “anestesiar a realidade” e “afogar as próprias mágoas”.
Ele lembra como foi sua decisão de sair do Capital:
“Saí do Capital em 1993. A banda virou uma descida para o inferno, os excessos ficam cada vez piores. Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Fiquei nessa loucura de uns 3 a 4 anos. É incrível eu ter sobrevivido.”
Quando Dinho decide voltar para a banda, em 1998, ele explica que foi diferente: “eu já sabia compor, sabia o que queria, cuidar da minha carreira.”
O vocalista ainda afirma que sua mulher, Maria Cattaneo, com quem se casou em 1995, mudou sua vida e que foi a partir do relacionamento com ela que ele começa a reconstruir a vida.