
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (28), 11 mandados de busca e apreensão contra a Precisa Medicamentos. Além da empresa, também é alvo da operação o empresário Francisco Maximiano.
O objetivo é aprofundar as investigações sobre possíveis irregularidades na venda da vacina Covaxin ao governo federal. A corporação foi responsável por intermediar o contato entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde. O contrato para a compra de 20 milhões de doses seria de R$ 1,6 bilhão, mas foi cancelado após denúncias.
A investigação acontece em Brasília, São Paulo e Campinas.
Os policiais buscam documentos que foram apresentados pela Precisa ao Ministério da Saúde.
A ação policial é a quarta contra a empresa e Maximiano e foi autorizada pela 12ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. Pelo menos 50 agentes da PF e 8 funcionários da Controladoria-Geral da União estão nas ruas.
O caso resultou na abertura de inquérito, a pedido pela Procuradoria-Geral da República, com a autorização do Supremo Tribunal Federal, que investiga se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação. As suspeitas surgiram após o deputado Luís Miranda (DEM-DF) afirmar que foi ao Palácio da Alvorada informar o chefe do executivo sobre irregularidades no contrato.
A Precisa divulgou uma nota com a realização da operação. Acompanhe:
A Precisa tem colaborado com as autoridades e com os órgãos de fiscalização e controle, apresentando todos os documentos e prestando todos os esclarecimentos. Toda a documentação referente à negociação com o Ministério da Saúde já foi disponibilizada a todos os órgãos competentes, quer por iniciativa da própria Precisa, quando solicitada, quer por outras medidas de busca e apreensão que já foram anteriormente determinadas, o que demonstra que a operação de hoje era simplesmente desnecessária. A Precisa continua à disposição da Justiça e seguirá prestando todos os esclarecimentos necessários, com o firme propósito de provar a lisura de todas as sua ações.