Nos últimos dois anos o preço do gás de cozinha registra um aumento de 45%, no Brasil. A análise foi feita a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Em janeiro de 2020, o botijão de 13 quilos custava, em média, 72 reais. Já no mesmo mês deste ano, o produto era vendido pelo valor médio de 105 reais. Atualmente, o gás mais caro do país é encontrado no Mato Grosso: 123 reais. Já o mais barato, no Rio de Janeiro por 92 reais.
Na Bahia, 2022 começou com mais um aumento. A Acelen, empresa do Grupo Mubadala, que administra a Refinaria de Mataripe, reajustou o preço do botijão para as distribuidoras em 9,3%.
Em média, no estado, o gás de cozinha vai ficar até seis reais mais caro, a partir desta quarta-feira (03). Com isso, em Salvador, o botijão pode ser encontrado por até 120 reais, dependendo do bairro e da forma de pagamento adotada.
O diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado, Robério Souza, diz que as revendas não tiveram como segurar o aumento. Ele afirma ainda que os soteropolitanos vão ser impactados de formas diferentes pela alta.
O reajuste aperta as contas de quase todos os consumidores. A empresária Vitória Vila é dona de um restaurante. Ela diz que para não repassar a alta para os clientes, está preparando algumas receitas no fogão a lenha.
Em Salvador, uma família que ganha um salário mínimo por mês, compromete 10% da renda só para adquirir o gás de cozinha. Para o economista Raimundo Carvalho diante do cenário fechar as contas é um desafio.
No ano passado, na Bahia, o valor do botijão sofreu 13 aumentos, de acordo com o Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado.