Prefeito de SP não pretende liberar transporte gratuito no 2º turno

Informação é da colunista da BandNews FM, Mônica Bergamo

Rádio BandNews FM

Ideia é garantir às pessoas condições para que exerçam direito de votar Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Ideia é garantir às pessoas condições para que exerçam direito de votar
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, não pretende liberar ônibus de graça para eleitores da capital no dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições.

A informação é da colunista da BandNews FM, Mônica Bergamo.

"Consultei a SPTrans já no primeiro turno e não acham viável. Colocamos 2.000 ônibus a mais do que normalmente circulam aos domingos. Não tivemos problemas no primeiro turno e deve ocorrer assim também no segundo", disse o prefeito.

Nesta terça-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso autorizou administrações municipais a fornecerem o transporte gratuitamente, sem que os gestores ficassem sujeitos a acusações de crime eleitoral ou improbidade.

A ideia é garantir às pessoas condições para que exerçam o direito de votar, que, no Brasil, é obrigatório.

No Brasil, a abstenção é historicamente maior entre as pessoas que tem menor renda e escolaridade. Um dos motivos é a dificuldade que elas têm para chegarem aos locais de votação.

A SPTrans também enviou nota à BandNews FM:

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, informa que para facilitar o deslocamento da população no domingo (30), segundo turno das eleições, serão colocados cerca de 2 mil ônibus a mais em circulação. No primeiro turno foi adotada esta medida na cidade e não foi constatada qualquer dificuldade na locomoção dos eleitores e na utilização do transporte público.  

Além disso, a gestão já mantém uma das menores tarifas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).  Há dois anos, a gestão municipal decidiu, de forma transparente e pública, não reajustar e manter o valor da passagem para não penalizar ainda mais os passageiros de menor renda, justamente os que sentiram com mais intensidade os efeitos econômicos da pandemia e dos inúmeros reajustes de combustível - sobretudo o diesel, que impacta diretamente no custo dos alimentos.

Sem o subsídio ao sistema, o valor atual de uma passagem seria de R$ 7,60. Na prática, os paulistanos pagam R$ 4,40. Além de congelar o valor da tarifa por dois anos, a atual política garante a manutenção das chamadas gratuidades, ou seja, os benefícios diretos para os idosos, pessoas com deficiência e estudantes de baixa renda.

E mais: a subvenção ao sistema - e não às empresas, um equívoco infelizmente ainda cometido - permite que, mesmo pagando o valor mais acessível possível, o passageiro pode usar até quatro ônibus em um período de três horas, pagando apenas uma passagem, além de cobrir o desconto concedido a passageiros que realizam a integração com metrô e trens. Trata-se, como demonstrado, de política fundamental para a acessibilidade e a mobilidade urbana na cidade.