O presidente da China, Xi Jinping, desembarcou em Moscou, capital da Rússia, nesta segunda-feira (20) para uma visita de três dias ao chefe do Executivo russo, Vladimir Putin.
Os líderes devem conceder entrevista coletiva após a chegada do presidente chinês. Na terça-feira (21), eles debaterão uma parceria estratégica entre as duas nações, informou o Kremlin. Por outro lado, Pequim afirma que a viagem é mais uma tentativa de liderar uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia.
Durante o encontro, Putin parabenizou o líder chinês pela reeleição e afirmou que o governo russo está aberto para ouvir as iniciativas para resolver o conflito armado.
Xi Jinping solicitou um cessar-fogo ainda no mês passado, mas foi acusado pelo governo americano de favorecer o lado russo. De acordo com Washington, a proposta chinesa ratificaria os ganhos de territórios de Putin.
Os Estados Unidos, assim como países europeus, alegam que a China tem fornecido armas para o exército russo.
Apesar de Xi descrever a relação entre os países como “amizade sem limites”, a nação não tinha se posicionado de maneira enfática sobre o conflito na Ucrânia, mas Xi Jinping tem saído em defesa do líder russo em casos recentes.
Ainda na semana passada, o Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, na Holanda, emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo e a Comissária para os Direitos da Criança da Rússia, Alekseyevna Lvova-Belova, por crimes de guerra em áreas ocupadas no território ucraniano. Os dois são acusados de deportação ilegal de crianças.
Após a informação do TPI, as autoridades chinesas pediram ao órgão que “respeite a imunidade jurisdicional” de um chefe de Estado e evite o que chamou de “polarização”.
Após a agenda com Vladimir Putin, Xi Jinping retorna à China para se encontrar com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.