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Presidente da Federação Espanhola diz que não vai renunciar

Rubiales afirma que sofre um "assassinato social" por causa de um "falso feminismo"

Da Redação

Presidente da Federação Espanhola diz que não vai renunciar
Luis Rubiales é acusado de assédio dias depois de beijar jogadora espanhola
REUTERS/Kim Hong-Ji

Nesta sexta-feira (25), o pressionado presidente Luis Rubiales descartou pedir demissão do cargo e foi aplaudido em um auditório lotado por dezenas de homens, incluindo o técnico Jorge Vilda. "Não vou deixar meu cargo. Foi um beijo espontâneo, mútuo e muito consentido", declarou. "O desejo que eu tinha de dar esse beijo era o mesmo que eu teria de dá-lo na minha filha", afirmou.

Ele discursou na assembleia extraordinária do Conselho Superior de Esportes convocada para debater o caso, declarando que lutará para limpar o nome dele. Rubiales também disse que foi vítima de um "assassinato social" por causa de "falso feminismo".

Há uma intenção do presidente do Conselho Superior de Esporte da Espanha de suspender o cartola, mas não há autonomia do órgão para isso. É preciso levar as denúncias ao Tribunal Administrativo do Esporte. O vice-presidente da federação pediu demissão em protesto à atitude do cartola.

Luis Rubiales deu um beijo forçado na boca de Jenni Hermoso durante a entrega de medalhas após o título da Copa do Mundo feminina, na Austrália. Além disso, imagens posteriores foram divulgadas do presidente carregando uma jogadora no colo. Rubiales alegou que chegou a perguntar à jogadora: "um selinho?" e, segundo o dirigente, ela respondeu: "ok". Hermoso não confirmou o diálogo.

Assim que o discurso do presidente foi divulgado, muitas jogadoras reagiram, demonstrando apoio à Hermoso. Inclusive, atletas que abriram mão de defender a seleção espanhola na Copa por tudo o que ocorre internamente. Patri Guijarro é uma delas. Ela escreveu: “Acabou. Estamos com você, Hermoso. É lamentável que precisou chegar a este ponto para acreditarem que as queixas que fizemos meses atrás eram reais.”

Sergi Roberto, capitão do Barcelona, se manifestou e disse que está com as jogadoras. Já o ex-goleiro Iker Casillas afirmou que o discurso do dirigente dá “vergonha alheia”. “Teríamos que estar os cinco dias falando de nossas meninas. Da alegria que elas nos deram. De conquistar um título que não tínhamos no futebol feminino, mas…”, escreveu.