Em audiência na Câmara dos Deputados, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Lopes, disse que nunca sofreu interferência de pastores ao longo da gestão no órgão, nem arcou com despesas relacionadas a eles.
O pedido para realização da audiência foi do deputado Rogério Correia (PT-MG).
As denúncias de esquema de superfaturamento na compra de ônibus e de tráfico de influência no FNDE aos pastores Gilmar santos e Arilton Moura surgiram no mês de março.
"Nunca recebi influência de pastor ou de qualquer pessoa. Nosso trabalho é técnico. Esses atendimentos em que houve presença dos pastores, quero esclarecer que eles nunca viajaram conosco nos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) ou mesmo nas comitivas dos aviões comerciais, e que nunca arcamos com qualquer despesa relacionada a eles", afirmou Lopes durante a audiência.
Os pastores teriam visitado o Ministério da Educação e o FNDE inúmeras vezes durante o governo Bolsonaro.
O Supremo Tribunal Federal e um inquérito da Polícia Federal investigam a distribuição de verbas do Ministério da Educação pelo ex-ministro da, Milton Ribeiro, que deixou o cargo depois que as denúncias apareceram. Ribeiro, havia dito em áudio vazado que através de um pedido do presidente Jair Bolsonaro, uma de suas prioridades era atender os amigos do pastor Gilmar.
O atual ministro da Educação, Victor Godoy, já havia afirmado em audiência pública na Câmara dos Deputados que não teve conversas com os pastores no período em que ocupou a secretaria-executiva da pasta.
