O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, IPCA-15, conhecida como sendo a prévia da inflação, subiu 0,89% em agosto e atingiu a maior taxa para o mês desde 2002.
A taxa é calculada com base no consumo médio das famílias que têm renda mensal entre um e quarenta salários mínimos dentro de nove regiões metropolitanas e das cidades de Brasília e Goiânia.
No ano, a alta acumulada é de 5,81%, acima do centro da meta da inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, de 3,75%, e ultrapassando, inclusive, a margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual. Nos últimos 12 meses, o indicador já alcança 9,30%.
A taxa de agosto foi elevada principalmente pelo aumento da energia elétrica, que teve crescimento de 5%. No contexto da crise hídrica, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de julho e agosto. Além disso, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional da bandeira. Reajustes tarifários em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belém também explicam o resultado.
Outro ponto relevante para a alta da taxa foi o aumento do preço da gasolina, que subiu mais de 39% ao longo de 12 meses. Alguns estados registram preço do litro do combustível acima de R$ 7,00.
Somando a eletricidade e a gasolina, elas foram responsáveis por um terço da inflação mensal.
Com isso, o grupo habitação ficou com a maior alta no mês: 1,97%. Além da energia elétrica, o grupo habitação foi influenciado pelos aumentos nos preços do gás de botijão e do gás encanado.
A segunda maior contribuição para o IPCA-15 de agosto veio dos transportes, seguida por alimentação e bebidas. A única queda registrada foi em saúde e cuidados pessoais.