A prévia da inflação em maio no Brasil foi de 0,59%, a maior para o período desde 2016. No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo acumula alta de 4,93% e, em 12 meses, de 12,20%.
Por outro lado, a taxa de maio é 1,14% abaixo da registrada em abril, de 1,73%. Essa desaceleração foi causada, principalmente, pela queda do preço da energia elétrica. Em 16 de abril, a bandeira Escassez Hídrica foi substituída pela bandeira verde, sem cobrança adicional nas contas de luz.
A colunista de Economia da BandNews FM, Juliana Rosa, ressalta que o projeto de lei proposto por deputados federais para limitar a cobrança do ICMS sobre energia e combustíveis tem como objetivo manter esse alívio nas contas.
Com exceção da Habitação, todos os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. A maior variação foi em Saúde e Cuidados pessoais. Os setores de Transportes e de Alimentação e bebidas desaceleraram em relação a abril, mas também registraram taxas positivas.
Os números refletem as dificuldades de consumo atualmente no Brasil. O carioca Romilson Santos reclama dos preços e diz que o custo de vida no município não é compatível com o salário mínimo. A variação da prévia na inflação no Rio de Janeiro foi de 0,68%.
A maior taxa foi registrada por Fortaleza, por causa dos itens de higiene pessoal e do reajuste de 24% nas tarifas de energia elétrica. O menor resultado foi o de Curitiba, influenciada pela queda na energia e nos preços dos alimentos.