A atividade da economia brasileira caiu 0,4% em julho, segundo levantamento do Banco Central divulgado nesta sexta-feira (13). Embora em queda, o IBC-Br, que é considerado a prévia do Produto Interno Bruto do Brasil, veio melhor do que as expectativas do mercado financeiro.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, afirma que o número ainda reflete uma trajetória positiva do país. “A queda de 0,4 já era esperada, especialmente após a forte recuperação industrial de junho”, explica. Segundo ela, o setor industrial acabou puxando o número para baixo, compensando o desempenho positivo de outros setores, como comércio e serviços.
Juliana destaca que, mesmo com a queda, os setores de comércio e serviços continuam mostrando resultados acima das expectativas, o que contribui para uma perspectiva otimista do Produto Interno Bruto (PIB). “No acumulado do ano, o PIB brasileiro já cresce 2,6%, com projeções de até 3% para o fechamento do ano”, ressalta.
Contudo, a jornalista observa que o ritmo de crescimento tende a desacelerar na segunda metade do ano em função da redução dos gastos públicos e de fatores como o fim de pagamentos extraordinários e benefícios sociais concedidos no primeiro semestre.
Por fim, Juliana Rosa ressalta que, apesar dos indicadores positivos, a realidade do brasileiro médio ainda é difícil. “A maior parte da população vive com até dois salários mínimos, e muita gente ainda enfrenta dificuldades para pagar contas básicas. Não é que a economia esteja perfeita, mas, se conseguirmos crescer 3% ao ano de forma contínua, isso vai gerar um acúmulo de riqueza que, aos poucos, ajudará a reduzir a desigualdade”, conclui a economista, reforçando a importância de manter o país no caminho certo do crescimento sustentável.
*Supervisão de Eduardo Frumento