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Primeira parte das investigações sobre origem do óleo que atingiu litoral brasileiro em 2019 termina sem informações ou a indicação de culpados

Da Redação

Primeira parte das investigações sobre origem do óleo que atingiu litoral brasileiro em 2019 termina sem informações ou a indicação de culpados Reprodução TV
Primeira parte das investigações sobre origem do óleo que atingiu litoral brasileiro em 2019 termina sem informações ou a indicação de culpados
Reprodução TV

Responsável pela investigação do acidente que resultou na morte de Marília Mendonça, o tenente-coronel Oziel Silveira, do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), detalhou os trabalhos de sua equipe na aeronave que caiu no curso d’água em Piedade de Caratinga (MG). Além da inspeção do avião, eles fizeram uma varredura pela região em busca de possíveis destroços e pistas e constataram que um dos cabos da linha de transmissão de energia estava rompido.

“Nós identificamos a evidência do rompimento de um cabo. Nós identificamos isso através do voo de helicóptero, que sobrevoamos sobre a rede elétrica. E aí, identificamos que entre duas torres, um cabo foi rompido. Se isso é um fator contribuinte? Como eu disse para os senhores, é a evidência levantada. Agora, se isso é o fator contribuinte, vai ser estudado e analisado”, disse em coletiva para jornalistas na tarde deste sábado (6).

Mais cedo, Cemig, Companhia Energética de Minas Gerais, informou que a linha que teria sido atingida pelo avião da cantora estava fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, onde a aeronave faria o pouso, poucos quilômetros à frente do local da queda.

Silveira não quis falar sobre a necessidade de sinalizadores nos cabos. Ele afirmou que a parte de legislação, sobre os procedimentos de segurança desse tipo de equipamento, será analisada posteriormente.

O investigador do Cenipa disse que o bimotor Beech Aircraft, da linha King Air, estava sem os dois motores acoplados no local do acidente.

“Os dois motores se desprenderam da aeronave. Um está logo à frente dela e o outro está um pouco mais à frente. Nós fizemos a localização de coordenada geográfica pra fazer aferição da distância. A distância exata nós não temos”, afirmou pontuando que a equipe do Cenipa não achou evidência de possíveis outros pontos de colisão com outros objetos, como árvores, ou outras peças espalhadas no perímetro da queda.

Outro objeto que servirá como ponto de análise é o geocalizador do avião, localizado durante as buscas por objetos pessoas das cinco vítimas fatais do acidente.

“Esse geolocalizador dá pontos de coordenadas geográficas, posições no terreno onde essa aeronave pode ter passado. Mas informações eu não tenho. porque isso é fruto de análise. E agora, a gente não está nesse momento da análise. Estamos no momento de buscar evidências que podem ter contribuído para o acidente”, explicou dizendo que o modelo King Air não requer uma caixa preta.

A apuração da FAB busca identificar as causas do acidente. Já o apontamento de possíveis responsabilidades fica a cargo da Polícia Civil.

Entenda o acidente

A cantora Marília Mendonça morreu na última sexta-feira (05/11) aos 26 anos. A artista foi resgatada sem vida após um acidente de avião em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais. A aeronave, que levava a artista e mais quatro passageiros, caiu por volta das 15h20 em um curso d’água. O avião decolou de Goiânia (GO) com destino a Caratinga (MG), onde Marilia teria uma apresentação na noite da última sexta.

A aeronave é um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, e tinha capacidade para seis passageiros. Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação de aeronavegabilidade do avião estava normal e a operação era permitida para taxi aéreo.

Além de Marília, morreram no acidente Geraldo Martins de Medeiros Junior, o piloto, Tarciso Pessoa Viana, o copiloto, o produtor-geral Henrique Ribeiro e o assessor Abicieli Silveira Dias Filho, que também era tio de Marilia Mendonça

Relembre a carreira de Marilia Mendonça

Marilia Dias Mendonça nasceu no dia 22 de julho de 1995 em Cristianópolis, em Goiás. A artista começou a carreira musical ainda na infância, aos 12 anos de idade, como compositora — ela assina letras de sertanejos como Wesley Safadão, Jorge & Mateus e Matheus & Kauan.

Em 2016, lançou seu primeiro álbum, “Marilia Mendonça: Ao Vivo”, gravado em São Paulo (SP). O disco conta com músicas como “Infiel” e “Alô Porteiro”, que consagraram Marilia como “rainha da sofrência”.  “Supera”, “Todo Mundo Vai Sofrer”, “Graveto” e “De Quem É A Culpa?” são alguns dos hits da cantora.

A cantora ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja em 2019 com o disco “Todos os Cantos”, projeto musical marcado por apresentações da artista em todas as capitais do país e que foi registrado em documentário pela plataforma de streaming Globoplay.

Vida pessoal

Marilia Mendonça deu à luz a Leo, seu único filho, no dia 16 de dezembro de 2019. O menino é fruto da relação com o cantor sertanejo Murilo Huff. Eles começaram a namorar em 2017; o relacionamento, marcado por “idas e vindas”, chegou ao fim em setembro deste ano.