O primeiro-ministro interino do Haiti declara estado de sítio no país após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, de 53 anos. Ele foi morto a tiros por agressores ainda não identificados. A mulher de Jovenel também foi baleada no ataque e está gravemente ferida. Ela está internada em um hospital da região.
Em um comunicado, Claude Joseph afirma que todas as medidas foram tomadas para garantir a continuidade do Estado e que a segurança do país está sob controle.
O primeiro-ministro interino também afirmou que o caso será levado à Justiça e pediu calma aos cidadãos, além de expressar solidariedade aos familiares e amigos do presidente.
Ao anunciar o assassinado do presidente, Claude Joseph disse que foi uma ação "desumana e bárbara” que aconteceu na noite desta terça-feira (06) na capital Porto Príncipe.
Jovenel Moïse assumiu o poder no Haiti em 2017 e enfrentava protestos populares há meses. Ele é acusado de corrupção e de forçar uma mudança na Constituição haitiana para se manter no poder por mais de um mandato.
Também há reclamações sobre o enfrentamento da pandemia no país, além da crise na escassez de alimentos junto com uma crise humanitária. Até agora, o Haiti não recebeu nenhuma dose de vacina contra a Covid-19.
Líderes políticos condenaram o assassinato do líder haitiano em comunicados e também pelas redes sociais. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirma que o país está “chocado e triste” com o assassinato e que condenam esse tipo de ato. Joe Biden ainda ofereceu condolências ao povo do Haiti.
O Secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para que os haitianos preservem a ordem do país e permaneçam unidos. Ele ainda reafirmou o apoio da organização ao país e o sistema governamental.
Pelas redes sociais, primeiro-ministro do Reino Unido afirmou estar chocado com a morte do presidente do Haiti, pediu calma aos moradores do país e condenou a ação.
Iván Duque, presidente da Colômbia, considerou o assassinado um “ato covarde e repleto de barbárie conta o povo haitiano”. Ele ainda se solidarizou com o pais e ainda solicitou uma missão da Organização dos Estados Americanos na região para “proteger a ordem democrática”.
Já o chanceler da Argentina, Felipe Solá, repudiou o ato e afirma que o país se solidariza com o Haiti e ainda reitera a necessidade de investigar o assassinato o quanto antes e que todos envolvidos sejam punidos pelo governo haitiano.
O presidente do Canadá, Justin Trudeau, colocou o país a disposição do Haiti para quaisquer tipos de assistências necessárias e também repudiou a morte do presidente.