A produção industrial brasileira caiu 0,7% em agosto, na comparação com o mês de julho. É o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 2,3% no período. Em relação a agosto de 2020, houve queda de 0,7%, interrompendo os onze meses de taxas positivas consecutivas nessa comparação.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira (5).
A queda já era esperada e veio acima da média esperada pelo mercado, que previa redução de 0,4%, segundo a colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa. A jornalista ressalta que os problemas de abastecimento afetam as linhas de produção. A expectativa é que a cadeia de fornecimento comece a normalizar no segundo semestre deste ano.
No ano, a indústria acumula alta de 9,2% e, em doze meses, de 7,2%, segundo o IBGE.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de produtos químicos (-6,4%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%).
Em agosto, três dos quatro grandes setores pesquisados tiveram queda, além de 15 dos 26 ramos pesquisados. O resultado mostra a disseminação da piora da indústria, segundo o IBGE.
A colunista de economia da BandNews FM afirma que a escassez de insumos e o receio da falta de energia elétrica têm prejudicado a indústria não só no Brasil. Segundo Juliana Rosa, especialistas já indicam que os problemas com o abastecimento de matéria-prima devem persistir até meados de 2022, o que pressiona o mercado financeiro.