Programa Seus Filhos tem edição especial sobre a tragédia no Rio Grande do Sul

Thaís Dias e Rosely Sayão recebem o psiquiatra Daniel Barros para falar dos impactos das enchentes

Rádio BandNews FM

Programa Seus Filhos tem edição especial sobre a tragédia no Rio Grande do Sul
Seus Filhos tem edição especial sobre a tragédia no Rio Grande do Sul
Reprodução

O programa Seus Filhos em versão ampliada deste final de semana traz como tema os impactos na saúde mental, principalmente das crianças e adolescentes, da tragédia no Rio Grande do Sul. Com mais de 150 mortes e 2,3 milhões de gaúchos afetados pelas enchentes, foram contabilizados estragos em 461 das 497 cidades do estado.

A apresentadora Thaís Dias e a colunista da BandNews FM, psicóloga e consultora educacional, Rosely Sayão, recebem o psiquiatra e apresentador do programa Humanamente na BandNews FM, Daniel Barros. Entre os destaques dessa edição especial do programa, eles falam sobre a dificuldade em conviver com notícias de tragédias; os impactos sociais, econômicos e emocionais da situação; e também como olhar para o futuro em meio ao sentimento inicial de que tudo está perdido.

“As crianças são muito afetadas [por tragédias], mas nem sempre visivelmente. Podemos observar crianças brincando, mas, por dentro, elas são muito afetadas. Elas não têm a sua fortaleza, que é a casa. Estão em abrigos e perderam familiares, pets... É uma perda muito grande e a criança talvez reaja mais visivelmente um pouco depois que os adultos. É hora de os adultos conversarem com as crianças sempre que elas tiverem alguma pergunta e responder honestamente, sempre da maneira possível para o entendimento delas, dependendo da idade”, destaca Rosely Sayão.

O psiquiatra Daniel Barros lembra que as pessoas afetadas por tragédias como a do Rio Grande do Sul precisam de acolhimento. “É uma situação de trauma, de grande stress, de ameaça da vida e de perda. Isso tudo leva o organismo a reagir diante do medo. O cérebro olha e fala: ‘tudo que eu tinha como certo, como garantido, agora não está mais aqui’. Essa reação no primeiro momento, que chamamos de reação aguda ao stress, é completamente esperada. As pessoas vêm cenas, têm dificuldade para dormir, ficam com gatilhos... O que precisamos nesse momento é dar suporte e amparo a essas pessoas. Elas precisam sentir que estão cuidadas, que tem gente com elas e que nem tudo está perdido. O cérebro interpreta essa situação como acabou tudo, perdi tudo. E isso é muito traumático”.

Confira o programa na íntegra:

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