O Partido dos Trabalhadores formaliza nesta quinta-feira (21) a indicação do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à presidência pelo partido. A convenção partidária para homologar a candidatura será em um hotel em São Paulo. Lula não estará presente, já que cumpre agenda, no Nordeste, na companhia de Geraldo Alckmin, indicado como vice do petista.

No mesmo dia, após a reunião de cúpula do PT, os membros da federação formada com PCdoB e PV também devem confirmar o nome de Lula como candidato.

Está será a primeira vez que partidos políticos podem caminhar unidos, em uma federação, para cumprir as cláusulas de barreira. Para isso, é preciso seguir juntos por até quatro anos. As legendas devem manter as alianças tanto no âmbito nacional quanto local. Por isso, o PSB, atualmente abrigando Alckmin, não participa do grupo.

O ex-presidente e o ex-governador de São Paulo não participam das convenções, segundo as assessorias. Ambos estão em Pernambuco em uma caravana pela região que concentra os melhores índices eleitorais do PT.

A decisão contrasta com a presença e o foco dado pelo PDT ao presidenciável Ciro Gomes. O político teve o nome homologado em convenção partidária nesta quarta-feira (20), o primeiro dia permitido para a realização da reunião política. Ainda sem o nome do vice, Ciro criticou Lula e Bolsonaro no discurso na sede nacional do partido, em Brasília.

As convenções partidárias podem ser realizadas até o dia 5 de agosto. O pedido de votos e a campanha começa oficialmente no dia 16 de agosto, até lá, os candidatos não devem pedir votos diretamente, mas podem participar de atos políticos.

O calendário de convenções para a presidente da República segue no sábado (23), em Belo Horizonte, com o encontro do Avante. O partido deve indicar o nome do deputado federal André Janones como candidato.

Já o Partido Liberal homologa a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O evento da legenda está marcado para o domingo, dia 24 de julho, na parte da manhã. A capital fluminense é reduto eleitoral de Bolsonaro.

É aguardada ainda a homologação do nome do general Walter Braga Netto, também do PL, como candidato à vice na chapa, que conta com o apoio de Republicanos e Progressistas.

MDB, PSDB e Cidadania, que se intitulam como Centro Democrático, prometem convenções para o dia 27 de julho. Os encontros virtuais devem confirmar o nome da senadora Simone Tebet com cabeça de chapa. A dúvida ainda gira em torna do nome do candidato à vice. O nome mais cotado é do senador Tasso Jereissati, do PSDB.

Tebet terá de lidar até lá com a pressão do próprio partido para que desista da candidatura. Alguns diretórios estaduais do MDB preferem apoiar o ex-presidente Lula. É o caso do senador Renan Calheiros, de Alagoas. A campanha da senadora, no entanto, apresentou uma carta assinada por diferentes diretórios declarando apoio a ela.

Também anunciaram pré-candidatura à presidência:

Felipe d’Avila, do Novo. Partido realiza convenção em São Paulo no dia 30 de julho.

Luciano Bivar, do União Brasil. Partido realiza convenção em São Paulo no dia 05 de agosto.

Pablo Marçal, do Pros. Partido realiza convenção nacional em Brasília no dia 30 de julho.

Vera Lúcia, do PSTU. Partido realiza convenção nacional em São Paulo no dia 31 de julho.

Leonardo Péricles, do Unidade Popular. Partido realiza convenção nacional em Natal no dia 24 de julho.

Sofia Manzano, do PCB. Partido realiza convenção nacional em São Paulo no dia 30 de julho.

José Maria Eymael, do Democracia Cristã. Partido ainda define local da convenção nacional marcada para o dia 31 de julho.