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Queiroga é vago nas respostas e CPI da Pandemia se prepara para ouvir representantes das vacinas na próxima semana

O atual ministro da saúde foi vago em seu posicionamento quanto ao uso da cloroquina

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Foto: Tony Winston/MS

A CPI da Pandemia volta a se reunir na próxima terça-feira (11) com o depoimento do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e a expectativa é de que ele trate sobre os imunizantes que estão em uso, e os que podem ser aprovados no país.

O colegiado também vai ouvir, ao longo da semana, o ex-secretário de comunicação do Palácio do Planalto, Fábio Wajngarten, o ex-ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, além de representantes da Pfizer, da FioCruz e do Instituto Butantan.

Em depoimento à Comissão, nesta sexta-feira (07), o atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não deixou claro se concorda com o Presidente Jair Bolsonaro sobre o uso da cloroquina, que comprovadamente não tem eficácia contra o coronavírus.

Durante questionamento dos senadores, o ministro negou que tenha recebido qualquer pressão ou recomendação sobre o medicamento, e destacou que a decisão sobre a liberação ou não do fármaco cabe a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do Ministério da Saúde.

Ainda sobre esse tema, Marcelo Queiroga apontou que o tratamento precoce não é uma questão decisiva no enfrentamento da pandemia, mas pontos como a vacinação e as medidas não farmacológicas são, entre elas o combate às aglomerações.

O atual chefe da saúde defendeu a vacinação em massa e revelou que pelo menos 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer devem ser entregues ao país ainda em 2021, mas sem um prazo específico.

O ministro também afirmou que o Brasil contratou até o momento cerca de 430 milhões de doses de vacinas, números que não incluem essas da Pfizer.

O fato é que ao longo de toda a sessão o ministro foi acusado de não responder objetivamente às perguntas, o que gerou bate-boca e obstrução por parte da base governista.

Além disso, o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também aceitou um pedido da CPI para que sejam feitos, semanalmente, testes de Covid-19 em senadores, assessores e colaboradores que participam presencialmente dos trabalhos do colegiado.