"Questões políticas podem influenciar nas negociações de insumos no Brasil", afirma Dimas Covas

A próxima entrega, com 3 mil litros de matéria-prima, está prevista para terça-feira de semana que vem

BandNews FM

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

O governo de São Paulo pede que o embaixador da China no Brasil, Yang Wan-Ming, auxilie nas negociações para evitar atrasos na liberação dos insumos para a produção da Coronavac. A próxima entrega, com 3 mil litros de matéria-prima, está prevista para terça-feira de semana que vem. Esse montante pode gerar cerca de 5 milhões de doses.

O Instituto Butantan tem o compromisso de entregar mais 54 milhões de imunizantes até setembro – o primeiro contrato, de 46 milhões, já foi cumprido.

A demanda interna da China por vacinas contra a Covid-19 tem atrasado a exportação de insumos, segundo o diretor do Instituto Butantan, que participou do Fórum Vem, Vacina, em comemoração aos 16 anos da BandNews FM.

Dimas Covas acompanhou hoje a reunião do embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, com governadores.

O Butantan e a Fiocruz são as duas entidades aqui no País que dependem do chamado IFA para continuar o envase da Coronavac e da vacina da Astrazeneca.

Dimas Covas afirmou que questões políticas podem, sim, influenciar as negociações, mas que dados epidemiológicos deixam o cenário mais complexo.

Isso porque a China é hoje a maior exportadora de vacinas contra o coronavírus, com mais de 380 milhões de doses disponibilizadas a cerca de 100 países.

E isso impacta os calendários de entregas ao Ministério da Saúde; o próprio diretor do Butantan confirma os atrasos diante da falta de insumos.