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Real x Juventus e 'Efeito Messi': CEO da Florida Cup fala do evento

Ricardo Villar analisa impacto do craque argentino em Miami e detalha torneio em 2023, que terá jogo entre gigantes europeus

Bruno Camarão

Duas das camisas mais poderosas do futebol mundial estarão frente a frente em agosto, nos Estados Unidos. Real Madrid e Juventus é o duelo mais aguardado da Florida Cup 2023, que desde a última temporada atrai um confronto especial entre clubes da Europa, fechando uma série de amistosos em solo local  no verão.

Em 2022, Arsenal e Chelsea lotaram o Camping World Stadium, batendo o recorde de público para uma partida de futebol na cidade, com 63.811 pessoas presentes.

"Escolhemos este período da pré-temporada dos times europeus, com o futebol como carro-chefe, que abre uma série de oportunidades de ativação de marca e relacionamento com os clubes", aponta Ricardo Villar, CEO da Florida Cup, em entrevista à BandNews FM.

O brasileiro, que foi jogador de futebol é um empresário, formado em engenharia de produção na Universidade de Penn State. Ao lado do sócio Ricardo Silveira, ele idealizou o evento, que teve a primeira edição em janeiro de 2015.

O objetivo sempre foi oferecer uma preparação de excelência às equipes, junto à oportunidade de internacionalização dos clubes e das respectivas marcas.

“Desde 2020, passamos a migrar a competição para o meio do ano, mirando as equipes de alto escalão da Europa”, explicou Villar.

Em Orlando, estabeleceu-se uma tradição: quem vence a Florida Cup tem um ano positivo. Flamengo em 2019 e Palmeiras em 2020 são bons exemplos disso.

Agora, será que os principais representantes do futebol brasileiro voltarão a ter espaço na concepção da empreitada esportiva e de entretenimento?

“Nunca deixamos fora os brasileiros. O evento tem que ser tocado, independentemente disso. O calendário é complicado no país. Entendemos que era necessária a mudança da Florida Cup para o meio do ano”, argumenta Villar.

“Trazer um Arsenal e um Chelsea, com atletas brasileiros, se refletiu na maior presença de torcedores brasileiros nos estádios em Florida Cup. Mais do que se fosse apenas um clube específico. Aliado a isso, temos a presença de influenciadores do país. Mantivemos o laço”, justifica.

Com a Copa do Mundo de 2026 chegando, e ela no meio do ano, há uma ideia de reativar a disputa para janeiro. Sempre com a ideia de casar o período de pré-temporada dos times. E falando no principal torneio de seleções do planeta...

“O país já respira, sim, a Copa. As cidades-sede têm todo um planejamento. É uma procura grande, e as ligas internacionais entenderam isso, estão vindo pra cá, buscando um retorno”, disse Villar, que comemora a presença de Lionel Messi em território norte-americano.

O craque argentino, que se desligou do PSG e acertou um vínculo com o Inter Miami, da Major League Soccer, já impacta diretamente a realidade da modalidade nos Estados Unidos.

“Foi uma chegada muito importante. São executivos sérios por lá. Não era uma estratégia fácil e simples. Já há crescimento em números de redes sociais, sold out em ingressos para jogos futuros. Naturalmente, as coisas acabam dando certo. Mais espaço de mídia vai se abrir para o ‘soccer’ até a Copa, o Messi é uma grande estrela, e temos de aproveitar este movimento”, finalizou Villar.

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