O jornalista Reinaldo Azevedo classifica como graves os acontecimentos do fim de semana em Brasília, quando a polícia descobriu um plano de ataque explosivo para dificultar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As investigações da polícia apontam que o crime foi planejado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro. George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, teria montado um explosivo com temporizador para ser utilizado ao lado de um caminhão e em estações de energia. A princípio, o detonador for acionado, porém, o aparelho falhou.
A Polícia Civil do Distrito Federal autuou o autor do crime em um apartamento na parte sudoeste de Brasília, tendo encontrado com George Washington um verdadeiro arsenal.
O âncora do programa o “É da Coisa” analisa o perfil do criminoso, que é gerente em um posto de gasolina em Xinguará, no Pará. No depoimento de George à polícia, ele diz que após o resultado das eleições, pegou seu carro, gastou R$ 160 mil em armas de fogo e viajou rumo à Brasília com o intuito de instaurar o caos, em suas palavras.
Reinaldo Azevedo destaca diversas partes do depoimento prestado pelo bolsonarista. Caso as informações sejam verídicas, o gerente estaria a quase dois meses sem trabalhar. O jornalista questiona: Quais os recursos que ele utilizou para comprar o armamento? Quem estaria financiando o ato terrorista?
O jornalista entende que esta ação terrorista decorre de um conjunto de omissões e prevaricações das instituições policiais do Brasil.
A falta de prisões após as manifestações violentas em Brasília, no início de dezembro. A permissividade policial com os manifestantes que pedem uma intervenção militar, ato criminoso, em frente aos quartéis do exército. São fatos que somados, permitiram a estruturação de um plano com tamanha proporção com este de George Washington.
Reinaldo conclui a análise dizendo que as instituições policiais devem agir imediatamente, providências devem ser tomadas urgentemente e que aqueles que pedem golpe militar e agem contra a democracia devem ser presos.