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Reinaldo Azevedo: Ao optar pelo silêncio, Pazuello confessa que participou das ações investigadas

Acompanhe a análise do âncora do "O É da Coisa"

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caso insista em permanecer calado em questões que não o envolvam diretamente, Pazuello estará basicamente confessando sua participação no ato Foto: Reuters/Ueslei Marcelino
caso insista em permanecer calado em questões que não o envolvam diretamente, Pazuello estará basicamente confessando sua participação no ato
Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

O depoimento do general Eduardo Pazuello à CPI da Pandemia, previsto para quarta-feira (19), é muito aguardado em Brasília. O ex-ministro da Saúde foi quem ficou mais tempo no cargo durante a crise do coronavírus. Após um pedido da Advocacia Geral da União, o Supremo aceitou um habeas corpus para que o militar possa ficar em silêncio.

Para o colunista da BandNews FM Reinaldo Azevedo, é importante nos atentarmos aos três tópicos da decisão do ministro Ricardo Lewandowski sobre Pazuello: 

1- O general terá direito a ser assistido por um advogado; 

2- Terá direito ao silêncio, isto é, de não responder a perguntas que possa, de qualquer forma, incriminá-lo. Contudo, é vedado faltar com a verdade relativamente a todos os demais questionamentos não abrigados nesta cláusula; 

3- Pazuello não pode ser intimidado no exercício regular dos direitos acima explicitados. 

Reinaldo Azevedo pontua que em relação ao primeiro tópico, a garantia de um advogado é algo absolutamente comum. Outro direito constitucional garantido ao general está na segunda cláusula. Pazuello de fato está sendo chamado a depor como testemunha, mas vale lembrar que o ex-ministro já é investigado pela Polícia Federal. Em resumo, a garantia do silêncio é algo que faz sentido. 

Antes que se ache que o general ficará em silêncio absoluto, note a ressalva feita por Lewandowski, que o impede de “faltar com a verdade relativamente a todos os demais questionamentos não abrigados na cláusula”. Em outras palavras, Pazuello poderá escolher o que responderá ou não, mas caso insista em permanecer calado em questões que não o envolvam diretamente, estará basicamente confessando sua participação no ato, o que dará pistas à investigação contra ele. 

Já o terceiro tópico garante a Pazuello o direito de não ser preso enquanto depõe, a não ser que o general seja doido o bastante ao ponto de desrespeitar os senadores e lhes fazer ameaças. Bom, vamos aguardar para ver. 

Acompanhe a análise de Reinaldo Azevedo: 

O É da Coisa 

Você pode acompanhar as análises dos principais assuntos do dia feitas por Reinaldo Azevedo no programa “O É da Coisa”, com Alexandre Bentivoglio e Bob Furuya, de segunda a sexta-feira, das 18h às 19h20, aqui na BandNews FM: