Nesta quarta-feira (24), houve uma reunião entre o governo e os chefes dos três poderes. No encontro, foi estabelecido um comitê executivo de combate à Covid. Além disso, uma constatação foi feita: Bolsonaro não mudará o seu discurso. Tanto é que, logo após o evento, o presidente não teve dúvidas em defender o chamado ‘tratamento precoce’ durante coletiva.
Muito provavelmente, isso levou o presidente da Câmara, Arthur Lira, a ameaçar explicitamente Jair Bolsonaro com o impedimento de seu mandato, fazendo a seguinte afirmação: “Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados”, disse.
O chefe da Câmara prossegue: “Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas”. Obviamente, o ‘remédio fatal’ citado por Lira é o impeachment.
A perda de paciência não é apenas de Lira, mas de todo o Centrão. A crise só se torna mais grave a cada dia.
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